quarta-feira, 25 de março de 2009

Um dia...

Um dia… Ah, um dia… Far-me-ei homem… Daqueles de outrora. Daqueles de casaca, chapéu, cerimônia e muita galhardia. Falarei de coisas bonitas, coisas de lágrimas, e peripécias. Contarei minhas aventuras e deixarei nesgas de minhas coragens pelo discurso para num descuido, ser surpreendido por um elogio, um suspiro que seja.

Um dia. Um dia escolhido por quem faz o tempo acontecer nas vontades de seus planos, colocarei um anel no dedo do meu amor, proverei casa, farei filho e chegarei feliz abrindo a porta, espalhando graça pelos cômodos.

Um dia, coisas simples voltarão a ser grandes. Serão mais uma vez aquelas nas quais mais achamos prazer.

Um dia, nesses deslocamentos do tempo, livrar-me-ei de uma porção de coisa desinteressante. Essa clássica coleção de coisas medíocres, canalhas e tolas, substancias de que é feita a humanidade em geral.

Um comentário:

Daniela Ferreira disse...

Pois que chegue logo, breve e sufocante de coisas boas!!!!