Na primavera de 1928, George Gershwin, o criador de Rhapsody in Blue, fez uma turnê pela Europa e encontrou-se com um dos principais compositores de então. Em Viena, visitou Alban Berg, cuja sanguinolenta, dissonante, sublime e sombria ópera Wozzeck estreara em Berlim havia três anos. Para dar boas vindas ao visitante americano, Berg programou a execução, por um quarteto de cordas, de sua suíte lírica, em que depurado, o lirismo vienense, se converte em perigoso narcótico.
Naquela ocasião, Gershiwn dirigiu-se ao piano para tocar uma de suas canções. Ele hesitou. A obra de Berg o deixara atordoado. Seriam suas próprias composiçoes dignas desse ambiente soturno e opulento? Berg lançou-lhe um olhar severo e disse: "Senhor Gershiwn, música é música".
sábado, 2 de maio de 2009
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