quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Daqui a Um Ano...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Inglorious Basterds
Pulp fiction: Estudante do internato, peguei saída pra Campinas, fui me aventurar num titulo que não sabia do que se tratava... Não conhecia Tarantino, não sabia nada daquele cartaz com a Uma Thurman. Achei legal, entrei. Fiquei Impressionado com aquilo tudo se encaixando, aquelas cenas me dizendo que um filme pode se apresentar de uma forma muito diferente do que tinha visto naqueles meus 17 anos. Por fim, decorei todos os diálogos e o assisto sempre que posso...
Kill Bill, vol 2: Fui ver com amigos que gostavam de filmes na linha Steve Martin e afins... Enfim, peitei o programa e disse que ninguém ia se arrepender de ver um Tarantino...Fiquei tão extasiado que não me importei com opiniões, nada... Sai do filme numa espécie de transe, admiração por ver aqueles diálogos todos, aquelas cenas belíssimas aos olhos e surpreendentes em suas sequências... Só comecei a entender do que se tratava depois, bem depois.... Um filme de amor. Fora o texto do Super-Homem, que não esqueço e sinto uma frustração por ter passado a vida sem ter pensado nisso... E genial!
E agora estamos aqui novamente. Escolhi um feriado, sem pressa pra chegar, sem hora pra depois do filme... Continuo usando perfume e me arrumando um pouquinho melhor. Caprichei na camiseta e fui.
Numa análise muito superficial da coisa, noto que a trajetória de Tarantino conta a história de um cinéfilo – talvez desde sempre – que aos poucos aprendeu a dominar a linguagem do cinema e tomá-la para si. Os filmes mais recentes mostram uma segurança no tratamento das imagens que não existia, por exemplo, em Pulp fiction. Ainda assim, existe uma característica que se repete em todos os filmes: um desejo intenso por cinema. Isso é palpável. Esteve sempre lá.
E está neste novo filme. Tarantino vai à briga como quem tenta criar uma obra-prima (e um dos personagens chega a dizer algo do gênero; “acho que fiz minha obra-prima”), com uma determinação quixotesca. E demonstra tanto controle – da técnica, do próprio estilo, das opções formais que escolhe para si – que fica a impressão de uma obra perfeita, até meio fria (como são frios e perfeitos alguns filmes do Stanley Kubrick), quase sem arestas, construída milimetricamente (o roteiro ficou amadurecendo por uma década, e dá para perceber). Uma simetria perfeita.
Nada de novo nisto: ele se reinventa para reafirmar uma antiga fé. Só que, agora, de uma forma tranquila, sem tanta aflição. Entendo. E continuo a tratar essa história como se fosse um pouco minha... Afinal, já se foram alguns anos e também resolvi encarar certos amadurecimentos.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Origens da Filosofia... E o real castigo dos Deuses
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
herói
Tenho um personagem que tento enfiar numa aventura. Coloca-lo numa peça de teatro, num conto, numa aventura qualquer, mas ele nunca consegue chegar ao segundo ato, atravessar primeira pagina ou se empolgar com aventura alguma. Quinze minutos de espetáculo e o herói está morto. Meia pagina do conto e o protagonista já arranjou uma maneira de desaparecer... A aventura? Bom, continua ele sentado, sem a mínima empolgacao. Meu herói escreve uma carta para a namorada, organiza os talheres na mesa, alimenta o cachorro, faz uma refeição cara e, no clímax da trama, desaparece, e atropelado, toma veneno. Meu herói morre como quem pede um sanduíche que nem gosta tanto.
O herói suicida parece até que não suporta viver dentro daquela peça, daquele texto, daqueles diálogos, daquele espetáculo enfadonho e vago, com situações que não dão em lugar nenhum. Começo a pensar no plot e dou uma risada. Gosto dele – desse herói meio torto, meio tolo, que resolve saltar da trama antes que a trama termine com ele.
Meu herói anda estranho. Talvez já cansado do oficio de me impressionar, me encantar com suas peripécias, anda meio acabrunhado, meio parado. Sem vontade de participar dos textos, sem muito trabalho no dia a dia que o apaga, meu herói acaba ficando meio gordo, meio molenga, meio sedentário. Dia desses começou a questionar meu futuro, questionar nosso relacionamento de anos, de tantas certezas e seguranças. Meu herói as vezes me convoca pra uma injecao de realidade. Meu parceiro infalível anda querendo discutir nossa relação de tantos anos.
Esse personagem que insiste em querer me deixar sozinho diante das incertezas do futuro, teima em querer sair também da minha vida. Já deu pra ele. Agora sou adulto, um herói assim não cabe no que se tornou minha criatividade, que agora e usada pra saber fazer melhor uso das minhas parcas economias, pensar numa melhor forma de aproveitamento de tempo no trabalho... Minha criatividade deixou pouco espaço para meu personagem e ele insiste em abandonar as aventuras que sobraram.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Michael....
Não nos conhecemos pessoalmente. Vivemos em mundos completamente diferentes. Nunca nesses caminhos da vida, por vias normais, nos encontraríamos. Acontece que mesmo assim, acabei conhecendo muito da sua vida. Por vias tortas, sendo verdade ou não, sendo bom ou ruim, seu nome sempre aparecia.
Suas super producoes em clipes e shows, sua musica inacreditável, sua presença no topo do que se faz de melhor na musica foi ficando comum, cara... Foi-se precisando de mais, mais, mais....
sábado, 20 de junho de 2009
Alta Noite
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Peço licença
sábado, 2 de maio de 2009
Gershwin
Naquela ocasião, Gershiwn dirigiu-se ao piano para tocar uma de suas canções. Ele hesitou. A obra de Berg o deixara atordoado. Seriam suas próprias composiçoes dignas desse ambiente soturno e opulento? Berg lançou-lhe um olhar severo e disse: "Senhor Gershiwn, música é música".
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Notas Sobre Nutrição
Estou ensaiando uma jornada grande dedicada a musica nesse blog. Um projeto de dificuldade infinita uma vez que sou um voraz consumidor de musica. Mas enquanto isso...
Meu Favorito!
No Brasil acontece uma coisa. Ou se aceita Guimarães Rosa com paixão ou se assume a atitude do “não entendo, não gosto”, sem ter realmente penetrado a obra. Em primeiro lugar é preciso que se compreenda a “alma” dessa criação.
- João, como é que você, que fala com essa absurda simplicidade, usa todo aquele “rebuscamento” para criar um conto?
Você conhece os meus cadernos, não conhece? Quando eu saio montado num cavalo, por minha Minas Gerais, vou tomando nota de coisas. O caderno fica impregnado de sangue de boi, suor de cavalo, folha machucada. Cada pássaro que voa, cada espécie, tem vôo diferente. Quero descobrir o que caracteriza o vôo de cada pássaro, em cada momento. Não há nada igual neste mundo. Não quero palavra, mas coisa, movimento, vôo.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Blog na crise
Uma dessas situações estranhas da vida: no meio de uma tarde qualquer, no trabalho, você é surpreendido pela noticia que seu colega de trabalho descobriu seu blog. E está lendo-o.
Você morre de vergonha. E não se pode fazer nada contra isso, já que a rede está em todo lugar, e é pra todo mundo. No máximo tenta contextualizar o objeto virtual, garantir a ele algum sentido, um espaço no mundo, uma ordem, uma epígrafe, uma linha-do-tempo, um testemonial. Um rastro, pegadas.... Socorro!!!
- Meu outro blog era mais interessante (eu e a minha velha tendência à auto-depreciação)…
- Ahn.
- … era mais constrangedor (como se isso importasse)…
- Ahn…
- …aí um dia acabei com ele (e é uma historinha entediante)…
- É?
- …e este novo é só um esboço para alguma outra coisa que não sei qual (como se houvesse outra coisa)…
- Hmm.
- Mas não sou eu, é um personagem! (o tiro de misericórdia)
- Ainda não li tudo... Preciso ler mais um pouco pra ter uma opinião.
Aí torço por uma versão atrasada do bug do milênio. E para que a crise das bolsas de valores afetasse finalmente a rede mundial. E me lembrei do quanto nunca quis ser a Paris Hilton. Nem ninguém famoso. Nem ninguém minimamente conhecido. Se o Chico Buarque tocar a campainha aqui de casa, faço de conta que não estou.
Mas, felizmente, blog é aquela coisa: há sempre o caso do leitor que detesta, toma raiva, fica enfezado e nunca mais volta. Nos meus surtos de blogfobia, vivo me apegando a essa possibilidade.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Etapa da vida...
Vai sonhando....
quarta-feira, 15 de abril de 2009
O resto é ruído
Choveu Hoje
sábado, 11 de abril de 2009
Prosa X Poesia
Confesso, no entanto que tenho certa preguiça de assistir lances de jogos antigos de futebol. Aqueles lances em preto e branco em que a bola parece ter velocidade diferente do normal. Os jogadores, todos cinzinhas, com uniformes que muitas vezes não se distinguem, correndo pra lá e pra cá, quando de repente; Gol!
A cor que a vida tinha, com certeza era mais colorida que a de hoje. Não por saudosismo, mas era um acontecimento ir ao estádio, assistir jogos de futebol. Um tempo de torcer com mais coração, mais ingenuidade na arquibancada e no campo. Diferente de hoje que o futebol se apresenta como um grande negócio, uma grande vitrine em que tudo parece ensaiado e decorado! O politicamente correto se apoderou das entrevistas cada vez mais decoradas dos jogadores à beira do campo. Sempre a mesma ladainha, no mesmo tom de voz, com as mesmas palavras... Não tenho a mínima intenção de ficar reclamando, dizendo que as coisas viraram insosas, sem graça e que antes, a coisa era melhor e tal... O que queria, era sim, um pouco mais de graça, de vida, de ardência nos que defendem as cores de uma seleção de futebol.
No meio de toda essa paradeza, toda essa mornidão e toda essa apatia, acabo tendo dificuldade de censurar uma atitude como a de Zidane na final da copa de 2006 em que ao ouvir poucas e boas de Materazzi, volta-se pra ele e desfere uma cabeçada, sem nenhuma vontade de levar desaforo de volta pra França! Errado, sim. Mas pelo menos vimos um pouco de sangue quente, calor da disputa e ardência! Allez le Bleu!!! Cores!!!!
Nasci depois do preto e branco. A primeira copa que me lembro foi a de 1982, em que meu pai, animado com a ocasião, comprou uma televisão colorida pra assistirmos o torneio mundial! Desde então, lembro de tudo, em cores e sabores de derrotas e vitórias que nossa seleção nos ofereceu nesses anos todos.
O futebol pra mim é assim; me traz lembranças de conversas, reuniões e encontros felizes. Afinal, somos 4 homens em casa (Coitada da minha mãe). Tudo isso em cores e muita poesia. Aumentamos a intensidade das lembranças! As derrotas soam amargas e as vitórias, explosões de êxtase! Meu filho ouvirá as coisas assim, aumentadas pelas edições da minha memória romântica...
Píer Paolo Pasolini, após a final da Copa de 1970, escreveu um interessante artigo em que analisa o futebol como uma linguagem não-verbal em que jogadores cifram e torcedores decifram um mesmo código. Pasolini constrói uma série de analogias pra chegar a conclusão de que o futebol de poesia da seleção brasileira havia vencido a prosa estetizante da seleção italiana naquela final.
Pasolini argumenta que por motivos histórico-culturais o futebol de alguns países se aproxima da prosa e outros da poesia. O gol seria sempre um elemento poético, uma subversão aos padrões do código, perturbação da paz. Assim como o drible. O autor então lança a pergunta: Quem são os melhores dibladores do mundo e os melhores fazedores de gol??, a resposta que consegue já conhecemos: são os brasileiros, que, por isso podem ser classificados como fazedores de um futebol de poesia. O futebol de prosa se submete a um sistema, onde a organização coletiva do jogo e as regras de sua dinâmica seguem as regras do código de tal modo que se espera de um poeta realista o arremate final: o gol. Aí se formam elipses, se entram em espaços inventados e a escrita dos jogos entre prosa e poesia, se forma a cada 90 minutos de bola rolando.
Engraçadas essas fabulações! Resolvi especular sobre essa intuição pensando nas seleções recentes: Josué, Juan, Lúcio e Gilberto Silva seriam primordialmente prosadores ?! Elano e Juninho Pernambucano trariam uma poética sólida, ?de pedra? e com pendor épico. Robinho tenderia para os versos livres e Ronaldinho Gaúcho? Consenso talvez seja afirmar que Ronaldo seja primordialmente um poeta épico...lembrando de outros: Romário seria na grande área um mestre hai kai...e Pelé? E Garrincha?
Difícil saber...
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Yesterdays
“Yesterdays" saiu no começo de 2009 pela gravadora ECM, das raras gravadoras que ainda focam o catálogo em música francamente “impopular”, ou seja, que não enriquece exorbitantemente executivos e artistas e nem mede qualidade por números e vendas. Investe em musica de qualidade. A novidade é que, seguindo a tendência atual, pra quem gosta, o disco também é editado em vinil. Pra nos, que moramos no Brasil, nos resta importar ou contar com a sorte de achar numa busca em lojas que ainda resistem por ai...
Os nove standards do disco são gravações mais antigas. Estas particularmente estão guardadas desde abril de 2001, realizadas ao vivo em Tóquio, também o berço mais mais freqüente dos jazzistas atuais. Como uma iguaria ou um vinho, as safras de Jarrett são assim, ficam suspensas por um tempo antes de serem embaladas com a técnica perfeita de gravação e os encartes cheios de fotos e silêncios, sem texto.
A viagem de Jarrett pela grande canção americana não tem fim. Mas a cada vez toma um caminho, sempre surpreendente – de certa forma mais surpreendentes do que os espantosos solos, em que improvisa radicalmente, sem rede de protecao. Nesta gravação, o que chama mais atenção é o caminho mais bop, com Horace Silver (“Strollin’”) e Charlie Parker (“Scrapple from the apple” e “Shaw’nuff”) e uma versão de “A sleepin’ bee”. Ou ainda a mistura de invenção e jazz clássico de “Smoke get in your eyes”, com uma lindíssima introdução solo de um minuto e meio.
Como em todo lançamento do trio, “Yesterdays” só me faz pensar no que ainda deve estar guardado. O que não deixa de ser uma garantia de felicidade a prazo pelos anos que virão.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Sou vintage.
Nao vou comprar um Smartphone que baixa email, manda video, acessa o Youtube... Ate porque, me conheco e nao quero que minha conta chegue a Rs$ 500,00...
Vou aproveitar meus momentos com mais calma, com mais tempo. Antes que as janelas da vida se fechem todas de uma vez.
Comecemos assim; Qualquer ser humano normal que tem um celular de 2004, esta atrasado. Esse mesmo celular na minha mão, a partir de agora, fica vintage! E que sigam-me os trendies!!!
Um dia...
Um dia. Um dia escolhido por quem faz o tempo acontecer nas vontades de seus planos, colocarei um anel no dedo do meu amor, proverei casa, farei filho e chegarei feliz abrindo a porta, espalhando graça pelos cômodos.
Um dia, coisas simples voltarão a ser grandes. Serão mais uma vez aquelas nas quais mais achamos prazer.
Um dia, nesses deslocamentos do tempo, livrar-me-ei de uma porção de coisa desinteressante. Essa clássica coleção de coisas medíocres, canalhas e tolas, substancias de que é feita a humanidade em geral.